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01 abril, 2014

Tudo que eu não vi

Dizem que o amor cega, mas pra pessoas como eu que odeiam seguir conselhos e muito menos ouvir eles, deixa surdo também, mas se eu tivesse ouvido o que todo mundo diria talvez não teria mudado nada.
O que acontece é que eu me perdi totalmente, eu andei numa estrada escura sem lanterna, sem choro nem vela.  Eu me apaixonei perdidamente como quem não vê se o cara mais lindo do mundo senta do seu lado no trem, como quem perde o ponto, como quem  cai em queda livre e rala o joelho.
Ah se meu problema a solução fosse um metiolhate, eu me quebrei inteira  e o que eu sempre guardei, segurei na mão e até coloquei numa caixinha com cadeado se quebrou. Meu coração se partiu e além de cega fiquei manca de alma.
Enquanto você segurava o guarda chuva pra mim eu não percebi que eu te segurava mais do que devia, mas do que eu podia, por que no fim o rompimento foi meu, não seu.
Quando os dias passavam eu não percebi que tinha ido rápido demais, eu não vi o relógio que era hora de esperar. As folhas do calendário voavam e eu só pensava em você e nas 9:00 que se aproximava, que saudade de você.
Eu não vi que você não tinha nada a ver comigo, eu não conseguir olhar para meu espelho e perceber que você era totalmente meu oposto, gostos musicais e fé nunca aproximaram ninguém, nossa essência era oposta, como eu não vi isso!


Eu tava perdida, ocupada demais pra enxergar, ocupada demais pra olhar, paixão ocupa a gente, ocupa cabeça, cama, chuveiro, sorrisos e sábados inteiros. Se eu gostasse menos de você talvez teria vontade de me ocupar com outras coisas e percebesse tudo, mas como sou eu não dá pra gostar menos, como é você não dá pra amar um pouco. Continuo cega.







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