Logo



23 novembro, 2014

Domingo é o dia oficial da saudade.

Depois do almoço já com o pijama que você odeia olho pro lado e não vejo mais nada a não ser o seu lado arrumado da cama, que saudade de encontrar suas toalhas pela casa. Eu reviro, volto, deito, enrolo, oro e não te encontro, nem de baixo da cama e só consigo ver sua covinha eu seus olhos perdidos quando fecho os meus e te acho nos meus sonhos. 

Domingo é o dia que eu me arrumo pro dia seguinte e fujo nessas noites chatas de faustão pra qualquer lugar que tenha, eu você e um colchão, que saudade do acaso.

O frio voltou, o vento preenche a casa, invade meu peito e confirma a lacuna que você deixou, mesmo com seus defeitos. Domingo é o dia que a saudade não tem jeito, eu sou obrigada a olhar no espelho e ver frente a frente nossos medos.

Mudo de estação no rádio, limpo a casa como se fosse tirar de dentro de mim essa bagunça toda, organizo meus pensamentos, tento me dominar, mas sou jogada naquela rede de nostalgia que nos impede de caminhar, a gente só balança e cai de tanto querer voltar.

Meu orgulho tira folga no domingo, aquela lista de motivos que eu tenho pra ficar longe de você desaparecem do meu radar de vista e minhas amigas já estão calejadas de tanto me ouvir falar de você, se eu te ligar e pedir pra voltar? 

Você podia dar plantão de domingo na minha vida, eu juro que eu sobrevivo durante a semana, é que domingo é o dia oficial da saudade, e já ta difícil conviver sem teu sorriso. 

Um comentário:

  1. Que texto lindo, lá no meu blog tenho um projeto em que publico textos de leitoras, caso queira vc ta convidada porque fiou ótimo

    http://www.isadoramonteiro.com.br/p/enco.html

    ResponderExcluir